Após o jogo de domingo, no empate diante do Santos, Emerson fez (outra vez) a afirmação “mas esse grupo é o atual campeão do mundo (questão de tempo) e tem dois títulos no ano” para se defender de algumas críticas.
Essa afirmação, repetida a exaustão por Sheik, revela apenas a (des)confortável posição de comodismo que o time atingiu. A lua-de-mel que durou bastante e ainda presenteada com os títulos do Campeonato Paulista e da Recopa. De pouquíssima expressão, mas títulos.
A equipe é vitoriosa e Tite é o maior treinador da centenária história do Cortinthians. A queda de rendimento é normal em todo esporte e o ciclo mostra que, estruturado, a recuperação também será um caminho natural.
Porém, a afirmação de Emerson mostra um lado cômodo que beira o despreocupado. Uma sensação de dever cumprido tão grande que nem precisa mais disputar outros campeonatos, ou entrar para vencer, bastando manter o que já existe e viver confortavelmente na posição de “já se conquistou tudo o que precisava”.
As consquistas históricas jamais serão esquecidas, isso é inegável. Mas espera aí, Emerson! Não dizendo que o time vá (ou sequer precise) vencer todos os campeonatos quem disputar. Mas, pensando no atual elenco, no investimento, no Brasileirão e na fase recente do time, a equipe está anos-luz de distância do que poderia estar.
Ainda que tenha conquistado tanto quanto conquistou, não considerar a ausência na Libertadores de 2014 uma derrota é fechar os olhos pra situação do time. Torceremos sempre para o Timão, mas não precisamos nos enganar.