Muita pressão interna. Um péssimo returno, com apenas 3 gols marcados e uma vitória. Quatro jogos seguidos sem marcar um gol sequer e, como de costume na cultura futebolística brasileira, alguém (o técnico) teria que pagar.
O nome em questão é Tite, o maior treinador da história do Corinthians. Do inferno ao céu um seis meses, ele levou o humilhado time eliminado diante do Tolima na fase pré-Lbertadores ao título brasileiro em 2011. Em 2012, venceu de forma invicta a mesma Liertadores da América, que fizera do Timão motivo de piada no ano anterior. Chegou no Japão e o Mundial de Clubes.
Em 2013, o time conquistou o Paulista e a Recopa. E viu, como todo ciclo que faz do esporte a paixão e a inconstância que é, a queda vertiginosa do Corinthians no Campeonato Brasileiro. De favortio ao título ao temor do rebaixamento.
Tite mostrou sinais de cansaço. Chegou a conversar sobre demissão depois da vexatória goleada sofrida dianta da Portuguesa. A direção e os jogadores bancaram sua permanência, assumindo a maior parcela de culpa (que realmente têm).
Porém, ontem, uma reunião de 3h quase jogou fora o histórico do treinador no clube e tratou Agenor como um Zé qualquer. Uma possível dispensa inquietava mídia e torcida. Seria assim o fim da Era Tite, a mais vitoriosa da centenária história do Corinthians?
Depois de muito tensão, foi decidido que ele fica. Até dezembro, quando acaba seu contrato, que não será renovado (por falta de vontade de ambas as partes, provavelmente).
Perdê-lo como se perde um treinador sem nenhum história seria o retroceder. Seria assumir desespero e falta de tato para lidar com crises. Seria achar o bode expiatório. Entregar toda a culpa para apenas uma parte.
Tite não merece isso. A única forma que ele pode sair do Corinthians é pelas portas da frente e nos braços da torcida agradecida.