O time começou com a promessa de grande campanha. O elenco mais estrelado e poderoso do país, o time que mais gastou para se reforçar, a contratação mais cara da história do futebol nacional. Na tabela, porém, apenas em quinto lugar.
Não que seja uma posição ruim ou preocupante, mas a expectativa era que o Timão estaria lutando pela liderança. O que deve ser considerado?
Primeiramente, a vontade do time. É complicado incentivar um elenco que já ganhou quase tudo e viveu uma duradoura lua de mel com a torcida (que ainda guarda resquícios das comemorações). Mesmo com o intuito de privilegiar a Copa do Brasil, o time passou sufoco diante do modesto Luverdense para avançar no torneio.
A postura do time, outrora aguerrido, é apática. O Corinthians entrou numa zona de conforto difícil de sair.
Outro ponto a ser levantado é a perda de jogadores. Ainda que tenha o maior e mais caro elenco do campeonato, o Corinthians perdeu Paulinho para o futebol inglês. Mesmo num time que prima por não depender de estrelas, Paulinho tinha papel fundamental, tanto tático quanto técnico. Firmou-se como o melhor volante brasileiro em atividade no futebol mundial; é natural que faça falta.
Guilherme fazia bom trabalho em seu lugar. Apoiando menos, mas marcando muito bem e sendo seguro como um bom volante deve ser. Acontece que ele se machucou e também desfalcou o time.
Renato Augusto viveu bons momentos enquanto esteve em campo, mas passa mais tempo fora que dentro. Além de duas lesões na perna, o meia contratado junto ao Bayer Leverkusen chegou até a fraturar o rosto em dada ocasião. A bruxa está solta para Renato.
Além disso, o time perdeu com frequência alguns jogadores por causa de cartões ou lesões menores. O que levanta outra questão: gastando a fortuna que gastou, o elenco poderia ser mais completo.
Tirando Gil, nenhum contratado é titular, nem mesmo Pato, que até agora não justificou por que custou R$ 40 milhões. Mesmo sendo convocado para a seleção, ele pode vir a ser uma das maiores furadas da história do clube (título pertencente a desastrosa contratação de Defederico).
Ibson não tem a menor condição técnica para atuar em um time grande e não dá conta do recado de substituir Guilherme. Jocinei, porém, não está pronto para entrar.
Além do mais, a renovação do contrato de Emerson ainda gera dúvidas. Tudo bem que Tite sabe que precisa de um atacante decisivo no elenco para jogar com Guerrero. Nem Romarinho e nem Pato assim o são. Mas desde a final da Libertadores, Emerson não apresentou sequência de bons jogos.
No entanto, time forte o Corinthians tem. Um grande treinador, também. Se quiser sonhar com G-4 e título, será necessário mudar apenas a postura e sair, de uma vez por todas, dessa já incômoda zona de conforto.
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