A FPF definiu hoje que sorteará um novo árbitro para a final de domingo entre Corinthians a Santos. O motivo é que o árbitro Rodrigo Braghetto é sócio de uma empresa chamada APTO que presta serviços ao departamento amador do Corinthians.
Para evitar qualquer tipo de suspeita, a FPF decidiu alterar o apitador da partida. Em nota oficial, a Federação afirmou que o próprio árbitro pediu dispensa, mas essa versão foi logo desmentida por Braghetto: “Não pedi, não. Falei apenas para o Coronel Marinho ficar à vontade como chefe da arbitragem, para que fosse feito o melhor para o futebol. Fiquei surpreso com isso (o fato de a FPF dizer que ele pediu dispensa). Não pedi em momento algum. Mas acredito que a decisão tenha a ver até pelos recentes fatos ocorridos com o Corinthians na Libertadores.”
De fato, o grande bafafá se deu por causa da eliminação do Corinthians da Libertadores. Começaram movimentações temendo que Braghetto ajudasse o Timão no domingo para “compensar” os erros de Amarillo na quarta.
A empresa APTO Esportes presta serviços para Corinthians, São Paulo e Portuguesa. Braghetto afirma que em 2011 também prestavam serviços para o Santos. Mas a empresa é focada no esporte amador e escala árbitros iniciantes para apitar partidas semiprofissionais e fazer consultorias e palestras para os jovens do esporte.
“Não tenho contrato com o futebol do Corinthians. O contrato da minha empresa é com a parte social. Não converso com ninguém do futebol. Nós prestamos serviços de arbitragem para campeonatos internos do clube. Todos os sábados e domingos, nossos árbitros são escalados para apitar jogos da criançada, dos jovens. Já prestei serviço para o Santos também. Em 2011 dei palestra de arbitragem para toda a categoria de base. Mas não chegamos a ter um contrato com o Santos”, afirmou o juiz.
Durante a vigência do contrato da APTO com o Corinthians, Braghetto apitou quatro partidas do Timão. Curiosamente o Corinthians não venceu nenhuma, foram dois empates e duas derrotas, e em nenhuma delas houve erros da arbitragem. O competente árbitro Rodrigo Braghetto, inocentemente, pagou o preço da desconfiança e do medo da FPF.
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