Que o time do Corinthians jogou no último fim de semana com menos ímpeto que o normal é fato. Também atuou sem o pé no acelerador, evitando possíveis lesões. Mas isso não apaga uma derrota inconveniente para o time reserva do São Paulo.
Tite ressaltou inúmeras vezes a importância de terminar o Brasileirão em alta. E o Corinthians melhorou mesmo nas últimas rodadas, entretanto não recuperou o belo jogo da conquista da Libertadores.
Olhando para o time de domingo, o treinador deve ter ficado com algumas dúvidas ainda não resolvidas. Entrando com a equipe titular, exceto pela ausência de Paulo André na zaga, o futebol apresentado foi apático.
Wallace, que jogou no lugar do zagueiro titular, comprometeu individualmente (coletivamente, nada altera com essa substituição). Mas o que deve ser observado é o setor ofensivo.
A linha de três formada por Douglas, Danilo e Emerson aproximando-se de Guerrero, fixo no comando do ataque, ficou lenta e burocrática. Danilo ficou taticamente sacrificado e fez uma partida apagada e o peruano, autor do gol do Timão, saiu com desconforto no joelho.
Caso Paolo Guerrero não esteja em perfeitas condições físicas, existe a possibilidade de Martinez, Romarinho ou Jorge Henrique virarem titulares para o Mundial. Assim o Corinthians voltaria a jogar sem um centroavante fixo (esquema que deu certo na Libertadores da América). Uma mudança no meio campo e na armação está praticamente fora de cogitação.
Tite não tem mais jogos antes da estreia no Japão e vai observar com cautela essas mudanças nos treinos. O técnico é bom nisso e já tomou várias decisões acertadas e corajosas. Teve peito para substituir Chicão por Paulo André na conquista do Campeonato Brasileiro de 2011 e Júlio César por Cássio antes da fase de mata-mata do campeonato continental de 2012.
Vai ser preciso essa mesma astúcia antes do início do Mundial de Clubes FIFA. Competência e coragem, Tite tem. Mas o tempo é curto e isso já deveria estar resolvido.
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